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Brasil afora, violeiros e violeiras mantêm viva e pulsante a cena movida por um instrumento que é a cara do nosso país

por_Ricardo Silva de_São Paulo colaboração_Alessandro Soler de_Madri

8 caras da viola

Brasil afora, violeiros e violeiras mantêm viva e pulsante a cena movida por um instrumento que é a cara do nosso país

por_Ricardo Silva de_São Paulo colaboração_Alessandro Soler de_Madri

Ela chegou ao país praticamente com os primeiros colonizadores portugueses. Não só não saiu nunca mais como se expandiu, multiplicou e criou raízes que a tornam indissociável da música produzida no Brasil profundo.

A viola é vital para o nosso cancioneiro, mas não recebe a mesma atenção nem goza do mesmo prestígio de outros instrumentos de cordas, como o violão e a guitarra. Ainda assim, a cena violeira contemporânea é pulsante e plural. E teve seu impulso dentro da indústria fonográfica bem no início dos anos 1960. É o que conta um de seus principais estudiosos e representantes, o violeiro Roberto Corrêa, de Brasília.

“Em 1960, temos o primeiro LP de viola instrumental, ‘Viola sertaneja em alta fidelidade’, com o violeiro Julião, conhecido na época como ‘o rei da viola’. Ele foi o primeiro violeiro a utilizar captação magnética na viola. No mesmo ano, o Tião Carreiro criou e gravou o ritmo pagode de viola no disco de 78 rotações ‘Pagode em Brasília’ (Teddy Vieira - Lourival dos Santos). Tião era um músico excepcional, e suas introduções na viola para os tais ‘pagodes’ fizeram escola entre os violeiros”, descreve Corrêa, que, em sua tese de doutorado sobre o tema, fez uma extensa linha do tempo sobre a viola gravada através das décadas, incluindo nomes como Theodoro Nogueira, Carlos Barbosa Lima e Marino Cafundó, a introdução nos festivais e outros marcos.

Entre renovada e ameaçada pelo pouco interesse da mídia e do mainstream, a cena violeira ganhou, nos últimos anos, a participação crescente das mulheres. E novos nomes criando e abraçando o streaming e as linguagens contemporâneas. Foi parar até em novela recente da TV Globo pelas mãos e o talento de Gabriel Sater, um dos muitos que participam da sua renovação. Modernizada, tradicional, cheia de possibilidades e profundamente vinculada com a terra, a viola tem nestes 8 violeiros associados da UBC alguns de seus mais bravos defensores e impulsionadores. Conheça um pouco das suas histórias.

Chico Lobo (MG)

Trinta e quatro discos, 2 DVDs, um livro, apresentações por países como Itália, Canadá, Chile, China, Colômbia e Portugal, além da criação e da apresentação, por 17 anos, do programa “Viola Brasil”, na Cultura, e do programa de rádio “O Canto da Viola”. É extenso e variado o currículo de Chico Lobo, um dos mais conhecidos violeiros do país.

mapa do Brasil com estado de Minas Gerais destacado
foto_Ricardo Gomes

Chico Lobo
foto_Ricardo Gomes

Dedicado a estabelecer pontes entre a viola brasileira e a portuguesa, o mineiro de São João Del-Rei conta com uma importante rede de cocriadores e copesquisadores na ‘terrinha’, tendo parcerias com violeiros portugueses da talha de Pedro Mestre (violeiro de referência no Alentejo) e Rafael Carvalho (Açores).

“Pedro Mestre e eu desenvolvemos, juntos, o primeiro registro de viola portuguesa e brasileira, realizamos um documentário sobre a relação do sertão de Minas com o Alentejo fazendo uma conexão entre os dois estilos de violas. A cena violeira lá andava meio em baixa, acho que voltou a crescer por causa do auge no Brasil. Quando a gente tem música da gente em trilha de novela, fazendo show em praça, se destacando no showbiz, tudo isso faz o pesquisador português da viola entender que lá também pode ser assim”, diz Chico, que atribui esse auge a um movimento de criadores que desafia a lógica do mainstream e aposta no digital como principal meio de difusão.

Um desafio nada fácil.

Se colocam você no nicho, explore esse nicho!

Chico Lobo

“Hoje, a cena violeira fica à margem da grande mídia, da indústria fonográfica, que agora se transformou em indústria platafórmica. Como esse artista que lida com esse instrumento e essa cultura enraizada, mas que sempre tenta conectar com a contemporaneidade, pode buscar espaço? Eu diria que, para começar, se colocam você no nicho, explore esse nicho de todas as formas que puder! Esteja nas plataformas, busque o diálogo com artistas do seu gênero e de todos, tenha uma agenda de shows, participe de eventos, não tente ser absorvido por estilos com maior popularidade. Não forme mais uma dupla sertaneja universitária, já existem milhões. Chegue com seu trabalho original. Garanto que muita gente tem interesse na cena violeira”, diz o fundador do Instituto Chico Lobo, que capacita jovens no interior de Minas para o instrumento.

Letícia Leal (MG)

A cena das mulheres violeiras é, talvez, a principal novidade de um movimento que se renova e abraça a era digital e as redes. E essa multiartista de Teófilo Otoni é uma expoente. Com mais de uma década compondo, cantando e tocando viola caipira, Letícia é fundadora da Orquestra Belorizontina de Viola Caipira, faz parte da direção do Instituto Viola Viva e da Associação Nacional dos Violeiros do Brasil.

Letícia Leal
foto_Israel de Oliveira

mapa do Brasil com estado de Minas Gerais destacado
foto_Antônio Valiente

“É lindo de ver a cena aumentar, uma fortalecer a outra, procurar conhecer o trabalho. E, quanto mais mulheres veem outras tocarem, mais sentem que é possível e começam a praticar. E estão em todos os estilos musicais, não só como instrumento principal, mas como parte de bandas, em peças de teatro etc.”, diz Letícia, que tem um álbum lançado, “Urutu”, de 2019, e o livro “Harmonia Funcional Aplicada à Viola Brasileira”, deste ano.

Para ela, o fato de não ter tido referentes femininas na viola "é um grande sintoma desta sub-representação e de todo o sistema que faz com que isto aconteça. Um grande exemplo é a história da Helena Meirelles e de seu apagamento. Para eu ouvir falar dela, tive que adentrar muito na história do instrumento. Além disso, é muito difícil se manter em um espaço que insiste que ali não é seu lugar. E não é que venha alguém te falar que você não deveria estar ali tocando viola, mas é muito assédio moral e sexual nos ambientes de trabalho. Não é um ambiente fácil de estar. Cansa, e por isto as mulheres acabam se afastando."

Ela prega um novo olhar sobre as mulheres na viola — e, não menos importante, sobre a cena da viola como um todo. Diz que muitos integrantes da própria indústria musical têm preconceito com o instrumento. "A viola me permite acessar uma delicadeza interna, fluidez e vigor que outras artes não me acessam. Esta linguagem não falada me encanta. Mas cheguei a apresentar meu trabalho para festivais de música brasileira instrumental e ele ser barrado por ser uma viola à frente, mesmo sendo um trabalho com choro ou forró. Os programadores acham que vai ser música raiz e nem escutam o som."

Não é um ambiente fácil de estar.

Letícia Leal

Valdir Verona (RS)

Com mais de 30 anos de estrada, o gaúcho natural de Caxias do Sul tem a viola no seu DNA musical. Intenso e metódico pesquisador do instrumento e de suas sonoridades, desenvolveu um método para ensiná-lo, com vários livros e discos lançados. Atualmente, além da carreira solo, faz parte do Duo de Viola e Acordeon, juntamente com o músico Rafael De Boni, e também do projeto Violas ao Sul, em parceria com os violeiros Ângelo Primon, Mário Tressoldi e Oly Junior.

mapa do Brasil com estado de Rio Grande do Sul destacado
foto_Antônio Valiente

Valdir Verona
foto_Antônio Valiente

“Escolhi a viola pela afinidade com o instrumento e a oportunidade que percebi há mais de duas décadas de poder representar minha região, onde esse instrumento tem muita história e foi um tanto deixado de lado”, conta o músico, que, como tantos, se iniciou no violão e, aos poucos, foi migrando para um dos instrumentos “estrangeiros” há mais tempo no nosso país, trazido pelos primeiros colonizadores, segundo registros históricos.

Verona vê uma renovação da cena, embora “ainda tenhamos muito que trabalhar pelo reconhecimento que este movimento merece”.

A cada dia vemos surgir novos violeiros e violeiras neste meio.

Valdir Verona

“A cada dia vemos surgir novos violeiros e violeiras neste meio. Muitos deles com muito boa formação musical e conhecimento cultural”, comemora.

Roberto Corrêa (DF)

Nascido em Minas (Campina Verde), Roberto Corrêa está há quase 50 anos em Brasília, onde se graduou em Física e Música, pela UnB. Há uma década, se doutorou em Musicologia pela USP com a tese “Viola caipira: das práticas populares à escritura da arte” (2014). É uma autoridade no assunto, com 20 discos lançados, apresentações em lugares tão variados como Pequim e Viena, e um amplo trabalho de composição de trabalhos autorais e de trilhas sonoras originais para a TV, para o teatro e o teatro.

Roberto Corrêa
foto_Mário Miranda Filho

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foto_Mário Miranda Filho

Precisamente por acompanhar a cena violeira há muitos anos, Corrêa é categórico em afirmar: ela é potente, está forte e conecta o Brasil interiorano.

“A viola caipira se apresenta como um instrumento de novos caminhos musicais ainda não explorados. Temos, por um lado, um grande patrimônio tradicional, ainda acessível junto a mestres populares em atividade; e por outro, um instrumento já bem ajustado tecnicamente e com muitas possibilidades de expressão. O instrumento está pronto para ser utilizado das mais diferentes formas, seja em estúdio, na música de concerto, em grandes palcos”, descreve.

Num momento em que a música criada digitalmente (inclusive através de IA) se expande em outros gêneros, a conexão da viola física com a terra e as tradições é, para ele, uma garantia de sua sobrevivência:

Trabalho todo dia com a viola no peito, penso em música através do instrumento.

Roberto Corrêa

“Trabalho todo dia com a viola no peito, penso em música através do instrumento. A viola resistiu por séculos no interior do Brasil como eixo da expressão musical de uma comunidade, acompanhando sua religiosidade, seu trabalho e sua diversão. É uma conexão profunda entre o humano e o sagrado, o instrumento e a música. É neste sentido que eu entendo o interesse cada vez maior de jovens pelo instrumento: a busca por uma identidade musical que os conecta à tradição; a busca de um caminho para se fazer algo novo e original.”

Yassir Chediak (RJ)

Carioca há anos conectado a um dos instrumentos mais brasileiros, a viola de 10 cordas, Yassir Checiak tem mais de duas décadas de produção e acumula parcerias com nomes como Geraldo Azevedo, Sérgio Reis, Almir Sater, Rodrigo Sater, Paula Fernandes, Jorge Mautner e Jaime Alem, além de muitas criações para trilhas sonoras (como a do programa “Brasil Caminhoneiro”, da Record). Referência nacional da viola, ele vê o instrumento ainda muito desvalorizado, sobretudo quando comparado ao violão.

mapa do Brasil com estado do Rio de Janeiro destacado

 Yassir Chediak

“O violão tem grande representatividade, tanto no número de instrumentistas quanto na mídia brasileira e internacional. Vemos o Yamandú (Costa) e outros grandes instrumentistas, como Paulão Sete Cordas, tendo sempre exposição. Além de muitos outros. Na viola isto não ocorre, acaba ficando em uma mídia segmentada. Há um preconceito com as palavras caipira ou sertanejo, mesmo que a viola em si seja apenas um instrumento musical”, diz.

Para Chediak, a própria cena violeira deveria dar mais passos por uma maior valorização:

Há um preconceito com as palavras caipira ou sertanejo.

Yassir Chediak

“A maior ameaça para os violeiros é não encarar a viola como algo que possa evoluir em sua sonoridade. Assim, a turma da viola, em sua maioria, não quer que as coisas mudem, que evoluam positivamente. Como resultado disso, acabam contribuindo para que o instrumento desapareça de alguns estilos musicais”, opina.

Tavinho Moura (MG)

Mineiro de Juiz de Fora, é uma celebridade do mundo da viola nacional. Seu primeiro trabalho como compositor foi no início dos anos 1970, já para uma trilha sonora, a do filme “O Homem de Corpo Fechado”, de Schubert Magalhães. De lá para cá, criou diversas outras trilhas, para mais de 15 filmes, que lhe renderam 14 prêmios, no Brasil e no exterior, entre eles três Kikitos em Gramado e o Prêmio do Festival de Cinema Brasileira de Miami (EUA), pelo filme “Amor & Companhia”, de Helvécio Ratton.

Tavinho Moura

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Como integrante da geração do Clube da Esquina que transformou a música brasileira a partir de Belo Horizonte, tem inúmeras gravações e criações ao lado de bambas como Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Milton Nascimento, Túlio Mourão e Murilo Antunes. Hoje focado na viola, tem um olhar positivo sobre a cena:

“Acho que a viola tem um público imenso. Mas, ao mesmo tempo, ela ficou estigmatizada na música caipira, algo que atende mais à indústria. A verdadeira cultura da viola, com seus gêneros específicos, pouca gente conhece”, ele diz. “O pagode de viola é o mais executado. Tião Carreiro foi o grande precursor, e Almir Sater, como seu seguidor, é um expoente. Mas tem também a música caipira.”

Foi paixão (a migração para a viola).

Tavinho Moura

Como tantos outros, Moura começou no violão — “toco desde menino” —, tendo migrado para a viola nos anos 1990.

“Foi paixão (essa migração). Deveu-se ao fato de eu ter conhecido instrumentistas extraordinários pelo sertão onde andei, Zezinho da Viola, Seu Manoelim, Seu Vicente e Renato Andrade, com quem trabalhei no cinema e em shows”, relembra.

Almir Pessoa (GO)

Com mais de 20 anos de carreira profissional violeira, esse goiano com ampla experiência internacional já se apresentou em diversos país da Europa, teve sua música executada em novelas e programas de TV, lançou cinco discos e dois DVDs, além do livro “A Viola por Almir Pessoa”, e já deu até cursos sobre o instrumento na Inglaterra.

mapa do Brasil com estado de Goiás destacado

Almir Pessoa

Mas nem sempre foi assim.

“No início de minha trajetória, eu levava viola e violão para as apresentações. Entretanto, quando me mudei do interior pra capital, Goiânia, tive um revés financeiro muito difícil, meus únicos bens eram uma viola e um violão. Naquele momento eu pensei: acredito haver menos violeiros no mundo, além disso meu coração é bem mais violeiro que violonista. Então, fiz minha escolha, vendi o violão, paguei o aluguel atrasado e, logo em seguida, uma bênção maravilhosa aconteceu em minha vida: eu parei de tocar em bares e descobri o mundo dos rodeios, com o show ‘Viola na Arena’. Lancei esse show em 2002. Em 2003, eu mesmo o vendi e fiz 97 apresentações!”, ele relembra.

De lá para cá, participou da renovação da cena e testemunhou sua expansão.

Meu coração é bem mais violeiro que violonista.

Almir Pessoa

“Estamos no caminho, de maneira geral as pessoas gostam muito do som da viola. É necessário que nós, violeiros, aprendamos mais sobre o mercado musical e como se posicionar nele, de igual pra igual, deixando de colocar a viola como algo ‘extra’. Assim como o violão, guitarra, piano, acordeão e outros, o nosso instrumento pode tocar qualquer coisa. Os jovens que chegam necessitam muito de nós, violeiros com mais estrada, para abraçá-los e dar-lhes as boas-vindas enquanto ainda são frágeis, mas promissoras, sementes. Tomara que os ídolos se comportem bem”, brinca o artista, que agradeceu à UBC pelo “espaço pra poder falar um pouco sobre essa arte maravilhosa que é tocar e viver de viola” e conclamou os colegas violeiros a se unirem: “Vamos pra cima, pois de lá a vista é mais bonita.”

Ivan Vilela (MG)

O impactante currículo desse orgulhoso violeiro dá fé da dedicação dele a um instrumento pilar da nossa música. Com quase 40 anos dedicados à pesquisa da viola, foi o criador da Orquestra Filarmônica de Violas, deu e dá aulas entre Brasil (USP, onde criou uma pioneira graduação em viola caipira) e Portugal (Universidade de Aveiro) e acumula mais de 10 grandes prêmios e comendas por seus discos e trabalhos, solo ou em conjunto, dedicados à viola — como o Prêmio da Música Brasileira, Prêmio APCA e Medalha Carlos Gomes.

Ivan Vilela

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Como palestrante, levou seus profundos conhecimentos sobre a viola a lugares como a Universidade de Weimar (Alemanha), Universidade de Viena (Áustria), Universidade de Lisboa, Hartford-Trinity College (EUA), Milão (Instituto Brasil-Itália), Universidade Provincial de Córdoba (Argentina), Universidade de Alicante (Espanha) e muitas outras.

Com a experiência de um olhar cruzado sobre a produção violeira, ele afirma, categórico: a cena não para de crescer. "É quase uma centena de discos de música instrumental de viola lançados desde a segunda metade dos anos 1990 pra cá. No Instagram, durante a pandemia, pudemos ter uma noção do quanto a valorização da viola por populações diversas do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste vinha correndo com força, pois foi um dos instrumentos em que mais surgiram perfis durante a pandemia. Ocorreram diversos festivais de viola online feitos por instâncias diversas como universidades, projetos de coletivos e individuais."

Para ele, esse espalhamento tem a ver com um maior entendimento sobre as possibilidades sonoras desse versátil instrumento. "É visível que a viola cresce na medida em que os músicos vão se despregando de um preconceito cultural contra o instrumento e percebendo-o como uma fonte potente de sonoridades e recursos", diz Vilela, que começou a tocá-la aos 30 anos, quando recebeu a encomenda para uma ópera caipira.

É bonito ver que um instrumento com tantas raízes começa agora a ganhar asas.

Ivan Vilela

"Basta olhar para redes sociais que você se deparará com jovens, velhos, homens, mulheres tocando viola. Há mais de 250 orquestras de violas (ensembles, por terem normalmente o mesmo instrumento) só no Estado de São Paulo. Grupos que reúnem pessoas de níveis com escolaridade diversos, níveis socioeconômicos distintos e com uma ampla faixa etária", afirma o especialista, que lembra que há dois bacharelados do instrumento em universidades (USP, desde 2005 e UFG, desde 2024):

"A UFPB cogita a abertura de um bacharelado em viola. É bonito ver que um instrumento com tantas raízes começa agora a ganhar asas."

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